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A dor crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, muitas vezes, compromete a qualidade de vida e a capacidade funcional dos pacientes. Quando analgésicos comuns, fisioterapia ou outros tratamentos convencionais não são suficientes, o bloqueio de nervo periférico surge como uma alternativa eficaz e minimamente invasiva para o controle da dor.
Neste artigo, você vai entender como funciona esse procedimento, quais são suas principais indicações, os tipos de dores que podem ser tratados e os benefícios proporcionados ao paciente. Saiba por que o bloqueio de nervos periféricos tem se tornado uma das opções mais seguras e eficientes no tratamento da dor no joelho.
O bloqueio de nervo periférico é um procedimento realizado por médicos especialistas para interromper temporariamente ou permanentemente a condução de impulsos dolorosos em um nervo localizado fora do sistema nervoso central.
Esse bloqueio é feito por meio da injeção de anestésicos locais, corticosteroides ou outras substâncias ao redor do nervo-alvo, geralmente com o auxílio de recursos como ultrassonografia ou fluoroscopia, garantindo mais precisão e segurança durante o procedimento.
No caso do joelho, o bloqueio de nervo periférico é indicado principalmente para o controle de dores crônicas ou pós-operatórias, especialmente em pacientes com artrose avançada, síndrome dolorosa regional complexa ou após cirurgias como prótese total ou reconstrução ligamentar. Os nervos mais comumente abordados nesse contexto são o nervo safeno, o nervo femoral e os ramos geniculares, que transmitem os sinais de dor da articulação para o cérebro.
Esse tipo de bloqueio pode proporcionar alívio significativo da dor, melhorar a mobilidade e facilitar o processo de reabilitação, especialmente quando a dor limita a realização de fisioterapia. Em alguns casos, o bloqueio também é usado como teste diagnóstico, ajudando a confirmar se a dor realmente se origina da região inervada por determinado nervo. Quando eficaz, pode ser repetido periodicamente ou evoluir para procedimentos mais duradouros, como a radiofrequência dos nervos geniculares.
O objetivo principal é aliviar a dor de forma localizada, evitando o uso prolongado de medicamentos sistêmicos que podem causar efeitos colaterais indesejáveis. Esse tipo de bloqueio pode ser usado tanto como diagnóstico quanto terapêutico:
Diagnóstico: para identificar a origem exata da dor;
Terapêutico: para interromper os sinais de dor e melhorar a funcionalidade do paciente.
O bloqueio de nervo periférico pode ser utilizado como ferramenta diagnóstica para identificar a origem exata da dor no joelho. Ao aplicar anestésico em nervos específicos, o médico observa a resposta do paciente. Se a dor for aliviada, confirma-se que aquele nervo está envolvido no quadro doloroso.
Quando usado com objetivo terapêutico, o bloqueio de nervo periférico tem como meta reduzir a dor de forma eficaz e localizada. Isso permite ao paciente recuperar movimentos e qualidade de vida, evitando o uso contínuo de analgésicos sistêmicos e seus efeitos colaterais. Pode ser repetido conforme necessidade clínica.
O bloqueio é indicado para diversas condições que causam dor crônica ou aguda, como:
A dor no joelho pode ter diversas causas, como artrose, lesões ligamentares ou tendinites. O bloqueio de nervo periférico é uma opção eficaz para aliviar a dor, especialmente em pacientes que não respondem bem a medicamentos ou fisioterapia.
Ele pode ajudar a controlar o desconforto e restaurar a mobilidade, sendo especialmente útil em casos crônicos ou antes de procedimentos cirúrgicos. A precisão do bloqueio, guiado por ultrassom, permite atingir diretamente os nervos que transmitem a dor no joelho, promovendo alívio rápido e duradouro.
A compressão ou inflamação do nervo ciático é uma das principais causas de dor irradiada para as pernas. O bloqueio do nervo periférico ajuda a reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade.
Caracterizada pela compressão do nervo ciático na região glútea, pode ser tratada com bloqueio guiado por imagem para alívio imediato da dor.
Condições como neuropatia diabética ou pós-herpética respondem bem ao bloqueio de nervos periféricos, especialmente quando os tratamentos convencionais não funcionam.
Após cirurgias ortopédicas ou abdominais, o bloqueio pode ser utilizado para controlar a dor e acelerar a recuperação, diminuindo o uso de opioides.
O bloqueio de nervos periféricos também é indicado em casos de artrose, tendinites ou lesões musculares e ligamentares.
O procedimento apresenta diversas vantagens, entre elas:
Alívio rápido da dor;
Redução da necessidade de analgésicos orais;
Melhora da mobilidade e da qualidade de vida;
Segurança e precisão no procedimento com uso de imagem;
Pode ser repetido se necessário;
Baixo risco de efeitos colaterais quando comparado a outros tratamentos.
O bloqueio de nervo periférico é geralmente realizado em ambiente ambulatorial, com o paciente acordado e confortável. A pele é higienizada, e o médico utiliza uma agulha fina guiada por ultrassom ou raio-X para posicionar corretamente o medicamento ao redor do nervo.
O procedimento costuma durar de 15 a 30 minutos e não exige internação. Após a aplicação, o paciente pode retornar para casa no mesmo dia, com orientações médicas.
Existem efeitos colaterais ou contraindicações?
O bloqueio é considerado seguro, mas como qualquer procedimento médico, pode apresentar alguns efeitos colaterais leves e temporários, como:
Formigamento ou dormência na região;
Pequena queda da força muscular;
Sensibilidade local;
Reações ao anestésico (raras).
Contraindicações incluem infecção no local da aplicação, alergia aos medicamentos utilizados ou alterações de coagulação não controladas.
Quando procurar um especialista?
Se você convive com dores crônicas e sente que os tratamentos tradicionais não estão funcionando, procure um ortopedista ou médico especializado em dor para avaliar a possibilidade de realizar o bloqueio de nervo periférico. Quanto mais cedo a dor for controlada, maiores as chances de retomar suas atividades com qualidade de vida.
O Dr. Itamar Neto é ortopedista e traumatologista especializado em dores articulares e tratamentos minimamente invasivos. Com experiência em bloqueios de nervos periféricos, ele pode te ajudar a encontrar alívio duradouro para sua dor e recuperar sua qualidade de vida.
Agende sua consulta e descubra se o bloqueio de nervo periférico é a opção ideal para o seu caso.
O procedimento costuma ser bem tolerado, já que geralmente é realizado com anestesia local e com o auxílio de ultrassonografia para guiar a agulha com precisão. O paciente pode sentir um leve desconforto na aplicação, mas a dor é mínima e temporária.
A duração varia conforme a substância utilizada e o objetivo do bloqueio. Em geral, o alívio da dor pode durar de algumas horas a várias semanas. Em casos de bloqueios terapêuticos com corticosteroides, o efeito pode persistir por meses.
O número de sessões depende da causa da dor e da resposta individual do paciente. Em muitos casos, uma única aplicação pode ser suficiente. No entanto, em dores crônicas, podem ser indicadas sessões repetidas ou bloqueios programados.
Nem sempre. Em alguns casos, ele serve como medida temporária ou alternativa à cirurgia, especialmente quando o paciente não pode ser operado imediatamente. Em outras situações, o bloqueio é usado como parte de um plano pré-operatório ou pós-operatório para controle da dor.
O procedimento deve ser realizado por médicos com formação em ortopedia, dor, anestesiologia ou medicina intervencionista da dor. A experiência do profissional é essencial para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.
Depende da substância utilizada e da reação do paciente. Em geral, recomenda-se que o paciente evite dirigir no mesmo dia do procedimento. Retornar ao trabalho pode ser possível no dia seguinte, desde que não envolva esforço físico intenso.