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Homem esticando a perna por conta de dor no joelho
  • Por: Dr. Itamar Neto
  • 02/05/2025

Dor no joelho: conheça as 10 causas mais comuns

A dor no joelho é uma das queixas mais comuns nos consultórios ortopédicos. Seja em jovens atletas, adultos ativos ou idosos, esse desconforto pode surgir por diversos motivos e comprometer atividades simples do dia a dia. Movimentar-se, subir escadas ou até mesmo ficar em pé por longos períodos torna-se um desafio quando o joelho dói.

Identificar a causa exata da dor no joelho é essencial para um tratamento eficaz. Algumas lesões são simples e resolvidas com repouso e fisioterapia; outras exigem exames mais detalhados e até intervenções cirúrgicas.

Neste blog do Dr. Itamar Neto, ortopedista especialista em joelho, você vai entender as 10 causas mais comuns de dor no joelho, como é feito o diagnóstico e as melhores estratégias para aliviar o incômodo. Acompanhe!

O joelho é uma articulação complexa, formada por ossos, cartilagens, ligamentos, meniscos e tendões. Por isso, as causas de dor são variadas. Conheça as 10 principais:

Principais causas de dor no joelho

1. Lesão de menisco

O menisco é uma estrutura de cartilagem que atua como um amortecedor dentro do joelho, absorvendo impactos e facilitando o movimento suave da articulação. Quando ocorre uma torção brusca, um movimento inadequado ou um impacto forte, o menisco pode sofrer lesões, como fissuras ou rupturas. 

A dor normalmente é localizada, e pode ser acompanhada de inchaço, estalos ao movimentar o joelho e dificuldade em estender ou dobrar a perna completamente. Em alguns casos, a sensação de bloqueio articular é descrita, como se o joelho travasse. Lesões de menisco são comuns em esportes de contato e também em movimentos do dia a dia, especialmente em pessoas acima de 40 anos.

2. Condromalácia patelar

A condromalácia patelar ocorre quando a cartilagem localizada atrás da patela (rótula) sofre desgaste, provocando atrito anormal e dor na frente do joelho. Esse problema é bastante comum entre adolescentes, jovens adultos e atletas, principalmente mulheres, por conta de fatores anatômicos e biomecânicos. 

A dor geralmente piora ao subir e descer escadas, ficar sentado por muito tempo com o joelho dobrado (como em viagens ou no cinema) ou após atividades físicas. Em fases iniciais, o tratamento conservador com fisioterapia e fortalecimento muscular é suficiente, mas casos mais graves podem exigir abordagens mais específicas para proteger a cartilagem e evitar sua degradação progressiva.

3. Tendinite patelar

A tendinite patelar, também conhecida como "joelho do saltador", é caracterizada pela inflamação do tendão patelar, estrutura que conecta a patela à tíbia. Esse problema é mais frequente em pessoas que praticam esportes com movimentos repetitivos de salto e corrida, como basquete, vôlei e atletismo. 

A dor aparece logo abaixo da rótula e pode ser leve no começo, mas se não tratada, tende a se intensificar e limitar as atividades. A rigidez matinal e o desconforto ao agachar ou correr são sinais típicos. O tratamento inclui repouso relativo, fisioterapia, fortalecimento muscular e, em alguns casos, terapias complementares para regeneração do tendão.

4. Artrose no joelho

A artrose no joelho, também chamada de gonartrose, é o desgaste progressivo da cartilagem que reveste as extremidades ósseas da articulação. 

Esse desgaste provoca dor, rigidez, inchaço e limitação dos movimentos. Inicialmente, a dor é mais percebida ao iniciar atividades, como ao levantar da cama, mas pode evoluir para incômodo constante. A artrose é mais comum em pessoas acima de 50 anos, porém fatores como obesidade, histórico de lesões, deformidades nos joelhos e predisposição genética aceleram seu surgimento. 

O tratamento visa aliviar a dor, melhorar a mobilidade e retardar o avanço do desgaste, utilizando fisioterapia, medicamentos, infiltrações e, em casos avançados, cirurgia.

5. Entorse de ligamento

O entorse de ligamento no joelho acontece quando há uma torção ou movimento excessivo que leva ao estiramento ou rompimento das fibras ligamentares. O ligamento cruzado anterior (LCA) é o mais afetado, especialmente em esportes que envolvem mudanças bruscas de direção, como futebol, basquete e esqui.

 O paciente sente uma dor aguda no momento da lesão, acompanhada de inchaço rápido e sensação de instabilidade, como se o joelho fosse "falhar" ao apoiar. Em lesões graves, é comum ouvir ou sentir um estalo na hora da torção. O diagnóstico preciso e o tratamento, que pode incluir fisioterapia ou cirurgia, são fundamentais para a recuperação.

6. Bursite no joelho

A bursite no joelho é a inflamação de uma das várias bursas da articulação, pequenas bolsas cheias de líquido que reduzem o atrito entre ossos, músculos e tendões. Quando essas estruturas são submetidas a pressões repetitivas (como ajoelhar-se frequentemente) ou a pequenos traumas, podem inflamar e causar dor, inchaço e vermelhidão local. Existem vários tipos de bursite no joelho, sendo a pré-patelar a mais comum. 

O desconforto pode dificultar dobrar a perna e até mesmo caminhar. O tratamento inicial inclui repouso, compressas de gelo e medicamentos anti-inflamatórios. Em casos resistentes, pode ser necessária a drenagem do líquido acumulado ou fisioterapia.

7. Síndrome da banda iliotibial

A síndrome da banda iliotibial é uma causa frequente de dor na parte lateral do joelho, especialmente em corredores e ciclistas. A banda iliotibial é uma faixa de tecido fibroso que percorre a lateral da coxa até a tíbia, e pode ficar irritada e inflamada por atrito repetitivo contra o fêmur. Os sintomas incluem dor lateral que piora com a atividade física e alívio relativo com o repouso. Um dos sinais mais característicos é a dor que surge depois de correr alguns quilômetros, e não no início do exercício. O tratamento inclui fisioterapia, alongamento, fortalecimento muscular e correção de erros na técnica esportiva.

8. Gota

A gota é uma doença inflamatória causada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações, provocando crises de dor intensa e inchaço. Embora mais conhecida por afetar o dedão do pé, o joelho também pode ser acometido. Durante uma crise de gota, o joelho fica vermelho, quente, extremamente dolorido ao toque e com mobilidade bastante reduzida.

Os episódios podem ser desencadeados por consumo excessivo de carnes, frutos do mar, álcool ou por fatores como desidratação. O tratamento das crises é feito com anti-inflamatórios e medicamentos específicos para baixar o ácido úrico. A prevenção inclui mudanças alimentares e controle metabólico.

9. Infecções articulares

As infecções articulares, também chamadas de artrite séptica, são situações graves que ocorrem quando micro-organismos invadem a articulação, causando inflamação intensa. No joelho, a infecção pode surgir após cirurgias, ferimentos abertos ou pela disseminação de bactérias pela corrente sanguínea. Os principais sintomas são dor forte, inchaço significativo, calor local, dificuldade de movimentação e febre. 

Trata-se de uma emergência médica que requer diagnóstico rápido e tratamento com antibióticos intravenosos e, muitas vezes, drenagem cirúrgica da articulação para remover o material infectado. A demora no tratamento pode levar a sequelas graves ou até comprometer a função do joelho de maneira irreversível.

10. Fraturas

As fraturas que envolvem o joelho podem acometer a patela, o fêmur distal ou a tíbia proximal. Elas ocorrem geralmente em traumas de alta energia, como quedas, acidentes de trânsito ou impactos durante atividades esportivas. A dor é imediata, intensa, e o paciente costuma ter grande dificuldade para apoiar a perna ou movimentar o joelho.

 Além da dor, inchaço, hematoma e deformidade podem ser observados. O diagnóstico é feito por exames de imagem como o raio-x. Dependendo do tipo e da gravidade da fratura, o tratamento pode variar de imobilização com gesso até cirurgia para reposicionar e fixar os fragmentos ósseos.

Como é feito o diagnóstico da dor no joelho?

Identificar a origem da dor no joelho é um processo que envolve avaliação clínica detalhada e, muitas vezes, exames de imagem. O diagnóstico correto é fundamental para definir o melhor tratamento.

Consulta com ortopedista

O primeiro passo é a consulta médica. O ortopedista analisa o histórico do paciente, pergunta sobre o início da dor, atividades recentes, intensidade dos sintomas e possíveis traumas.

Exame físico

Durante o exame físico, o médico observa o joelho, testa a amplitude dos movimentos, verifica a presença de inchaço, instabilidade ou sensibilidade ao toque.

Exames de imagem

Para confirmar o diagnóstico, podem ser solicitados exames como:

  • Raio-x: útil para detectar fraturas e sinais de artrose.
     

  • Ultrassonografia: avalia tendões, ligamentos e bolsas sinoviais.
     

  • Ressonância magnética: fornece imagens detalhadas das cartilagens, meniscos e ligamentos, ideal para investigar lesões internas.
     

 


Como aliviar a dor no joelho?

O tratamento da dor no joelho varia conforme a causa, mas algumas medidas gerais ajudam a reduzir o desconforto:

Repouso e proteção da articulação

Evitar atividades que forcem o joelho é essencial nos primeiros dias. Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de muletas ou joelheiras para proteger a articulação.

Aplicação de gelo

Aplicar gelo na região do joelho reduz o inchaço e alivia a dor. A recomendação é fazer sessões de 15 a 20 minutos, várias vezes ao dia.

Uso de medicamentos

Anti-inflamatórios e analgésicos podem ser indicados pelo médico para controlar a dor e a inflamação.

Fisioterapia

A reabilitação com fisioterapia é fundamental para recuperar a força muscular, melhorar a flexibilidade e corrigir alterações que possam estar sobrecarregando o joelho.

Procedimentos médicos

Em casos mais graves, pode ser necessário realizar infiltrações, artroscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou outros procedimentos indicados pelo ortopedista.

Quando buscar atendimento para dor no joelho?

Sentir uma dor no joelho após um esforço físico ou movimento mais intenso pode ser algo normal e passageiro. No entanto, é importante ficar atento aos sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar ajuda especializada. Se a dor no joelho persistir por mais de alguns dias, mesmo com repouso e uso de analgésicos simples, é um indicativo de que algo mais sério pode estar ocorrendo. A piora progressiva da dor, a dificuldade para caminhar, a sensação de instabilidade (como se o joelho fosse "falhar") e o inchaço visível também são motivos de preocupação.

Além disso, o aparecimento de sinais como vermelhidão, aumento da temperatura local, febre ou incapacidade de dobrar ou esticar completamente a perna exigem avaliação médica imediata. Esses sintomas podem indicar processos inflamatórios, infecções ou lesões estruturais que, se não tratados rapidamente, podem evoluir para complicações mais graves.

Buscar um ortopedista de confiança, como o Dr. Itamar, é essencial para realizar um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado. O atendimento precoce é fundamental para evitar o agravamento da lesão e garantir uma recuperação mais rápida e completa, preservando a saúde e a funcionalidade do joelho a longo prazo. Agende sua consulta com o Dr. Itamar e volte a se movimentar sem dor!